Palestrantes (vide perfil abaixo):
- Pedro Markun - Blog do Pedro Markun
- André Dahmer - Os Malvados
- Ricardo Cabral e Erick Dau - Macacos Digitais
- Thiago Camelo - Overmundo
- Francisco Valdean - Blog CotidianoA prática jornalística vem sofrendo mudanças ao longo dos anos. Estudar sua história é um meio de identificar essas inúmeras alterações, ocorridas ao longo dos 200 anos de existência da imprensa brasileira. Sabe-se que o jornalismo já foi extremamente politizado, pretendia formar opinião e defender uma causa. Nos anos 1950, ocorreu a reestruturação do modelo utilizado com a introdução de novas técnicas de reportagem como o lide. Hoje, percebe-se que o fazer jornalístico toma outra forma e que aquelas cinco perguntas (O Quê? Quem? Onde? Como? Quando?) já não bastam para o público questionador, que pede mais do que notícias superficiais. Querem que a informação vá além do fato, buscam contextualização. Mas ela não pode vir cheia de regras e formas.
É nesse contexto que a Web 2.0 ganha força, e que esse novo modelo se estrutura no século XXI. Nela o leitor também é autor, criando o chamado conteúdo colaborativo de autoria colaborativa, responsável por intensas transformações na comunicação. A interatividade também é fator marcante na nessa nova forma de fazer Web. Interagem com mídias, pessoas e assuntos relacionados.
A Meio a Meios III será uma oportunidade para debater esse tema. Além de abordar como fazer, buscará esclarecer como o profissional formado pode se inserir nesse contexto. A pergunta a se fazer não é o que será do jornalista, mas sim como ele pode se inserir nesse novo meio de produção de informação. O tema gera a integração da academia, profissionais de destaque na área e alunos de diversas universidades.
Perfil dos palestrantes:
Prof. Augusto GazirProfessor substituto da ECO/UFRJ e mestre em Ciências Sociais pela Universidade de Londres. Foi correspondente no Iraque cobrindo a invasão norte-americana pelo serviço em língua portuguesa (Brasil) da BBC. Foi correspondente da Folha de São Paulo em Brasília e em Buenos Aires, além de colaborações com diversos veículos. No início dos anos 90 participou da criação do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (INDECS). Atua há dois anos como coordenador do Núcleo de Comunicação do Observatório de Favelas.
Francisco Valdean
Fotógrafo da agência Imagens do Povo do Observatório de Favelas e estudante de Ciências Sociais da UERJ. Já integrou exposições coletivas como Esporte na Favela (CCBB), Olhar Cúmplice, Sonhos Velados e Imaginando o que não se vê. Atualmente desenvolve o ensaio Formas, capiturando imagens da câmera de um celular. Alimenta o blog Cotidiano onde retrata e escreve sua arte e a vida na Maré.